domingo, 3 de junho de 2012

Trezena de Santo Antônio


Orações iniciais (Para todos os dias)
Ao Espírito Santo
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que iluminais os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo espírito e gozemos sempre de Vossa Consolação. Por Cristo Nosso Senhor, Amém.
A Santo Antônio
Meu grande protetor Santo Antonio: apresento-me a vós, pedindo-vos me alcancei de Deus o perdão dos pecados, o espírito de conversão, o crescimento no amor de Deus, e a perseverança no bem até o fim de minha vida. O que especialmente vos peço durante esta trezena, é a seguinte graça (diz-se o que se pede na novena). Se esta graça não for conveniente para minha salvação, alcançai-me a perfeita conformidade com a vontade de Deus. Santo Antonio, nestes dias que consagro em vossa honra, como em todos os dias de minha vida, fazei que eu conserve a graça e a amizade de Deus, que dele nunca me afaste pelo pecado, e que enfim tenha a felicidade de amá-lo e gozá-lo para sempre em vossa companhia, na felicidade eterna do céu. Amém
Primeiro dia
Santo Antonio, amigo do menino Deus; tiveste a felicidade de ser educado por pais piedosos e exemplares que vos encaminharam no caminho do bem e da virtude. Dai-me a graça de seguir sempre os ensinamentos de Jesus e de sua Igreja e assim poder crescer no amor e na obediência a Deus e ser merecedor de sua infinita bondade e misericórdia. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Segundo dia
Meu grande Santo Antonio: chegando à mocidade, sentistes os atrativos do mundo, mas, preferistes o grande amor de Jesus Cristo, que em vós superava a tudo, e assim vos consagrastes a Deus na vida religiosa. Libertai-me de tudo o que possa me afastar de Deus, de tudo o que me prende aos bens da terra e a mim mesmo. Que eu me sirva dos bens deste mundo como verdadeiro cristão, e possa gozar da liberdade dos filhos de Deus. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Terceiro dia
Santo Antonio, amigo de Deus e dos homens: o amor a Cristo e à Igreja vos impeliram para terras da África, onde queríeis apregoar o evangelho entre os infiéis, para receber a palma do martírio. Dai-me a coragem de testemunhar os ensinamentos de Cristo, por minha palavra e pela vida, para que eu seja digno de compartilhar de vossa companhia no céu. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.

Quarto dia
Meu Santo Antonio: apesar de vossos grandes conhecimentos e de vosso profundo saber, a ninguém revelastes a grandeza de vosso espírito, preferindo viver na humildade e na vida oculta, a exemplo de Jesus em Nazaré. Extingui em mim todo o desejo de sobressair e de fazer-me valer à custa dos outros. Ensinai-me a servir ao próximo em silêncio, por amor, nada esperando em troca. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Quinto dia
Santo Antonio: chegando a vossa hora, seguistes o preceito de Cristo, e fostes anunciar o Evangelho a toda a criatura atendendo o pedido de Jesus. A muitos convertestes com a vossa pregação inspirada e sob a luz do Espírito Santo. Fazei que de Vós eu aprenda a colaborar com a Igreja, dedicando-me ao apostolado, confiando sempre na Santíssima Trindade. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Sexto dia
Santo Antonio: Vossa memória era tão prodigiosa, que sabíeis quase toda a Sagrada Escritura de cor. Isto prova um grande amor pela palavra de Deus. Costumáveis ler, estudar e meditar todos os dias as Sagradas Escrituras. Ensinai-me, ó Santo, o amor à Palavra de Deus. De vós quero aprender a estimar o tesouro contido na Bíblia Sagrada. Quero conhecer as riquezas do amor de Deus que ali se revelam. Ensinai-me a viver com toda confiança de acordo com esta mensagem de Deus. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Sétimo dia
Santo Antonio: Vossa caridade foi um exemplo para todos que vos conheceram. Em vossa vida sabíeis consolar os tristes, os que se apresentavam abatidos sob o fardo de duros problemas e provações. Dai-me um coração compassivo semelhante ao vosso. Que eu esteja disposto a ajudar os necessitados, consolar os tristes, e sempre tenha uma boa palavra para com os desanimados e os que sofrem. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Oitavo dia
Santo Antonio, homem de santa oração. Uma das vossas preocupações, era de que o estudo e o trabalho não lhe atrapalhassem nem apagassem o espírito da Santa Oração. Além disso, eleváveis vossa alma a Nosso Senhor dominando e disciplinando as paixões da carne e do espírito, através de rudes penitencias. Ensinai-me a fidelidade na vida de oração e devoção como vós o sabíeis fazer. Ensinai-me o espírito de renúncia e mortificação, para que, superando o egoísmo e outras paixões, viva na graça e na paz dos filhos de Deus. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.



Nono dia
Santo Antonio: passastes a vida fazendo o bem a todos, a exemplo de Jesus Cristo. Denunciastes os vícios da sociedade. Reconciliastes famílias que viviam no ódio. Por vossa palavra inspirada, e ao mesmo tempo firme e suave, reconduzistes a muitos para o caminho do bem. Ensinai-me, vos peço, a praticar o bem e a promover a paz e a unidade entre os homens, para que mereça ser contado entre os pacíficos, porque eles verão a Deus. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Décimo dia
Ó amável e querido protetor meu, Santo Antonio, congratulo-me convosco e dou graças ao Altíssimo de vos ter favorecido e enriquecido de privilégios e graças, e de ter recompensado já nesta terra os vossos merecimentos, as vossas heróicas virtudes e os sacrifícios feitos por Deus. Ajudai-me na minha miséria e alcançai-me forças para sofrer com paciência a fadiga e os trabalhos desta vida e depois gozar eterno repouso. Alcançai-me vossa generosidade e fortaleza para corresponder com desinteresse e amor às inspirações de Deus. Sim, faleis por mim. Jesus nada vos negará. Não me negueis este ato de benigna bondade e sede-me propicio. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Décimo primeiro dia
Ò glorioso Santo Antonio: Visto que Deus vos concedeu o poder especial de fazer encontrar os objetos perdidos, venho a vós com confiança e vos rogo que me ajudeis na procura das coisas que houver perdido. Fazei-me encontrar primeiro que tudo a graça santificante, se tiver a desgraça de a perder; restaurai-me o antigo fervor no serviço de Deus e na prática das virtudes cristãs; alcançai-me, enfim, o que sobretudo me falta; uma fé ativa, uma perfeita docilidade às inspirações da graça, o desgosto dos vãos prazeres do mundo e um desejo ardente das inefáveis alegrias da eterna bem aventurança. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Décimo segundo dia
Ó glorioso Santo Antonio, cuja língua bendita ensinou os homens a louvarem a Deus, tende piedade de mim. Lembrai-vos, meu Santo protetor, que não foi só em vosso favor que Deus vos investiu de tanta glória e poder, foi também em meu benefício e para me animar a recorrer a vós em todas as necessidades da alma; defendei-me nas tentações, ajudai-me nos combates, e quando soar a hora da minha morte, permanecei junto de mim para me introduzir na eterna bem-aventurança, onde me será dado contemplar-vos e agradecer-vos no seio de Deus, junto à Santíssima Virgem, em companhia dos anjos e dos santos. Concedei-me enfim a graça que vos peço nesta trezena, mas, concedei-me, sobretudo uma completa conformidade com a Santíssima vontade de Deus. Amém. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Décimo terceiro dia
Ó glorioso Santo Antonio, amado de Deus e dos homens, eu vos escolho, hoje, para meu protetor e guia. Ajudai-me a aceitar os trabalhos desta vida para merecer a recompensa, a suportar as fadigas para merecer descanso, imolar a minha existência para chegar à verdadeira vida. Tenho certeza de que se pedires a Deus esta graça para mim, Ele não a negará. Meu querido Santo Antonio, não me recuse mais esta prova do vosso poder de intercessão. Peço-vos ainda que não deixeis que acabe esta trezena sem que mereça alcançar a graça particular que do vosso valimento espero. Porém, de antemão me resigno à santíssima vontade de Deus. Amém Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai, Ladainha de Santo Antonio.
Lembrai-vos
Lembrai-vos, o glorioso Santo Antonio, amigo do Menino Jesus, e filho querido de Maria Imaculada, que nunca se ouviu dizer que fosse por vós abandonado, aquele que a vós recorresse implorando vossa proteção. Animado de igual confiança, venho a vós, ó fiel consolador dos aflitos. Prostro-me a vossos pés e pecador como sou, ouso aparecer diante de vós. Não rejeiteis, pois, minha súplica, vós que sois tão poderoso junto do Coração de Jesus, mas escutai-a favoravelmente e dignai-vos atendê-la. Amém.
Ladainha de Santo Antônio
Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, ouvi-nos Jesus Cristo, atendei-nos. Deus pai do céu, tende piedade de nós. Deus Filho, Redentor do Mundo. Deus Espírito Santo. Santíssima Trindade, que sois um só Deus. Santo Antonio de Pádua, rogai por nós. Intimo amigo do Menino Deus, Servo da Mãe Imaculada, Fidelíssimo Filho de São Francisco, Homem da Santa Oração, Amigo da pobreza, Lírio da castidade, Modelo da obediência, Amigo da vida oculta, Desprezador das glórias humanas, Rosa da caridade, Espelho de todas as virtudes, Sacerdote segundo o coração do Altíssimo, Imitador dos apóstolos, Mártir pelo desejo, Coluna da Igreja, Amador das almas, Propugnador da Fé, Doutor da verdade, Batalhador contra a falsidade, Arca do testamento, Trombeta do Evangelho, Convertedor dos pecadores, Extirpador dos crimes, Restaurador da paz, Reformador dos costumes, Triunfador dos corações, Auxiliador dos aflitos, Ressuscitador dos mortos, Restituidor das coisas perdidas, Glorioso taumaturgo, Santo do mundo inteiro, Glória da Ordem dos Menores, Alegria da corte celeste, Nosso amável padroeiro, Doutor da Santa Igreja, Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Rogai por nós Santo Antonio Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos
Ó Deus, nós Vos suplicamos que a intercessão votiva de Vosso Glorioso Confessor e Doutor Santo Antonio, alegre a Vossa Igreja, para que, fortalecida com espirituais auxílios, mereça alcançar a glória eterna. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Saudação á Santo Antônio
Deus vos salve, meu glorioso Santo Antonio, sacrário do Divino Espírito Santo, alcançai-me Dele os dons e auxílios da graça. Deus vos salve, meu glorioso Santo Antonio, reclinatório do Deus Menino, consegui-me Dele a inocência daquela idade. Deus vos salve, meu glorioso Santo Antonio, amantíssimo filho de Maria Santíssima; fazei-me também digno filho de tão soberana Mãe. Deus vos salve, meu glorioso Santo Antonio, descobridor das coisas perdidas, não permitais que eu perca o caminho da salvação. Deus vos salve, meu glorioso Santo Antonio, lírio formoso de pureza, inspirai-me profundo amor à mais bela das virtudes. Deus vos salve, meu glorioso Santo Antonio, modelo perfeito de humildade, fazei meu coração semelhante ao vosso. Deus vos salve, meu glorioso Santo Antonio, propugnador da fé, comunicai-me a verdadeira docilidade às doutrinas da Igreja. Deus vos salve, meu glorioso Santo Antonio, luz brilhante do universo, iluminai a minha cegueira, para que eu fuja das trevas dos vícios e dos pecados. Deus vos salve, meu glorioso Santo Antonio, serafim abrasado do amor divino, inflamai o meu coração neste fogo sagrado, para que sempre arda nas suas belas e amorosas chamas.
Oferecimento
Meu glorioso e amável Santo Antonio, eu vos ofereço estas saudações e orações, em honra de vossas heróicas virtudes e santidade admirável. Peço-vos humildemente me alcanceis de Deus Nosso Senhor, e de sua Mãe Maria Santíssima, junto de quem gozais de tanto poder, uma resolução firme de seguir vossos exemplos, para que, dirigindo meus passos por este caminho, na imitação de vossas virtudes, encontre afinal a eterna felicidade. Rogo-vos me alcanceis também, do mesmo Senhor, o auxílio para todas as minhas necessidades, espirituais, corporais, temporais e materiais. Por vosso intermédio espero alcançar estes benefícios do Altíssimo. Tenho a certeza de que não faltareis com a vossa proteção a quem, como eu, tanto confia no vosso amparo. Espero também ser socorrido por vós na hora de minha morte, para que vencidos todos os males, meu espírito, finalmente livre das prisões desta vida mortal, possa desfrutar para sempre a perfeita liberdade dos filhos de Deus, e gozar de sua visão, em vossa companhia no céu. Amém.
Orações á Santo Antônio
Para pedir proteção
Ó grande e bem-amado Santo Antonio de Pádua! Vosso amor a Deus e ao próximo, vosso exemplo de vida cristã, fizeram de vós um dos maiores Santos da Igreja. Eu vos suplico tomar sob a vossa proteção valiosa minhas ocupações, empreendimentos, e toda a minha vida. Estou persuadido de que nenhum mal poderá atingir-me, enquanto estiver sob vossa proteção. Protegei-me e defendei-me; sou um pobre pecador. Recomendai minhas necessidades e apresentai-vos como meu medianeiro a Jesus, a quem tanto amais. Por vosso mérito, Ele aumente minha fé e caridade, console-me nos sofrimentos, livre-me de todo mal e não me deixe sucumbir na tentação. Ó Santo Antonio, livrai-me de todo o perigo do corpo e da alma e, assim, auxiliado continuamente por vós, possa viver cristãmente e santamente morrer. Amém.
Para pedir uma graça
Ó glorioso Santo Antonio, meu grande advogado, pela confiança e pelo amor que em vós deposito, dignai-vos conceder um olhar benigno em meu favor. Grande santo, vós que operais tantos milagres e que tantas graças alcançais para aqueles que vos invocam, tende compaixão deste devotado servo, que está tão necessitado de vosso auxílio. Dizei uma palavra àquele Menino que feliz apertais entre os braços e Dele impetrai a graça que humildemente vos peço. . .
Para achar coisas perdidas
Grande Santo Antonio, apóstolo cheio de bondade, que recebestes de Deus o poder especial de fazer achar as coisas perdidas, socorrei-me neste momento, para que por vosso auxílio, encontre o objeto que procuro. Obtendo-me também uma fé ardente, perfeita docilidade às inspirações da graça, o desejo de levar uma vida de verdadeiro cristão, e uma esperança firme de alcançar a bem-aventurança eterna. Amém.
Para oferecer uma esmola aos pobres
Santo Antonio, glorioso taumaturgo, pai dos pobres! Tendes o Dom de compadecer-vos de todas as misérias dos infelizes. Apresentais ao Senhor nossas súplicas, fazendo que sejamos atendidos. Hoje quero oferecer-vos, como prova de meu reconhecimento, a esmola que deponho a vossos pés, em benefício dos pobres. Que ela seja de proveito para os que sofrem, e também para mim em todas as necessidades temporais e espirituais, socorrei-nos a todos com vossa benevolência. E dai-nos vossa especial proteção na hora de nossa morte. Amém.
Cinco minutos diante de Santo Antônio
Há quanto tempo te esperava alma devota, pois bem conheço as graças de que necessitas e que desejas que eu peça ao Senhor! Estou disposto a fazer tudo por ti; mas, filho, diz uma a uma todas as tuas necessidades, para que eu seja o intermediário entre Deus e ti, e possa suavizar teus males. Sinto a aflição de teu coração, e quero unir-me às tuas amarguras. Desejas o meu auxílio no teu negócio... Queres minha proteção para restituir a paz na tua família... Para conseguir algum emprego... Para ajudar aqueles pobres... Aquela pessoa necessitada... Para que acabe aquele sofrimento... Queres tua saúde ou a de alguém a quem muito estimas? Coragem que tudo obterás. Agradam-me as almas sinceras que tomam sobre si as dores alheias, como se fossem próprias. Mas eu bem vejo como desejas aquela graça que há tanto tempo me pedes. Tem fé, que não tardará a hora em que hás de obtê-la. Eu também desejo algumas coisas de ti: -Que recebas mais vezes a Jesus na Eucaristia; -Que seja mais devoto para com nossa Mãe, Maria Santíssima. -Que propagues a minha devoção e ajudes os meus pobres. Quanto isto me agrada ao coração. Não sei negar nenhuma graça àqueles que socorrem os outros por meu amor, e bem sabes quantos favores são obtidos por este meio. Procure-me sempre, mas não se esqueça que Deus é o nosso Bem maior. Amai-O, adorai-O e louvai-O sempre de todo coração.
Responsório de Santo Antônio
I Se milagres desejais, Recorrei a Santo Antonio, Vereis fugir o demônio E as tentações infernais.
Recupera-se o perdido Rompe-se a dura prisão, E no auge do furacão, Cede o mar embravecido.
Todos os males humanos, Se retiram, se moderam, Digam-no aqueles que o viram, Digam-no os paduanos.
Recupera-se o perdido. . .
Pela sua intercessão, Foge a peste, o erro, a morte, O fraco torna-se forte, E o enfermo torna-se são. Recupera-se o perdido Rompe-se a dura prisão, E no auge do furacão, Cede o mar embravecido.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre amém.
Recupera-se o perdido. . .
Rogai por nós Santo Antonio. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.
Oremos
Ó Deus, nós vos suplicamos que a intercessão votiva de Vosso glorioso confessor e doutor Santo Antonio, alegre a vossa igreja, para que, fortalecida com espirituais auxílios, mereça alcançar a glória eterna. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Breve responsório de Santo Antônio
Se milagres desejais, recorrei a Santo Antonio, contra os males e os demônios que nele os há de encontrar. Acalma a fúria do mar, ao doente torna são, tira os presos da prisão e o perdido faz achar. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
Coroa de Santo Antônio
I. Santo Antonio, que ressuscitais os mortos, rogai por todos os agonizantes e pelos nossos irmãos falecidos Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
II. Santo Antonio, apóstolo infatigável do Evangelho, defendei-nos dos erros dos inimigos de Deus, rogai pelo Santo Padre o Papa e pela Igreja. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
III. Santo Antonio, poderoso amigo do Coração de Jesus, livrai-nos dos males que nos ameaçam por causa de nossos pecados. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
IV. Santo Antonio, que expulsais os demônios, fazei-nos triunfar das suas ciladas. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
V. Santo Antonio, lírio de celestial pureza, purificai-nos a alma de qualquer mancha e preservai-nos o corpo de todos os perigos. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
VI. Santo Antonio que sarais os enfermos, curai as nossas doenças e conservai-nos a saúde. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
VII. Santo Antonio, Guia dos viajantes, conduzi a bom termo os que viajam em nossas estradas, preservai-os de acidentes e conduzi-nos com segurança pelos caminhos de Deus. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
VIII. Santo Antonio que dais liberdade aos que se encontram nas prisões, livra-nos das cadeias do pecado. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
IX. Santo Antonio que dais aos jovens e anciões a restauração do organismo, conservai-nos o uso perfeito dos sentido do corpo e das faculdades do espírito. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
X. Santo Antonio que descobris as coisas perdidas, fazei que achemos o perdido na ordem espiritual e temporal. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
XI. Santo Antonio, protegido de Maria, afastai de nós os perigos da alma e do corpo. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
XII. Santo Antonio, que acudis a todas as misérias, assisti-nos em nossas necessidades, daí pão e trabalho aos que precisam. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
XIII. Santo Antonio, reconhecendo e proclamando vossa maravilhosa bondado, dando-vos graças pelos favores recebidos, pedimos que não nos desampareis em todos os dias de nossa vida. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
Súplicas a Deus
Senhor, quem sois vós e quem sou eu? Vós, o Altíssimo Senhor do céu e da terra; eu, um miserável vermezinho, vosso ínfimo servo. Ó grande e magnifico Deus, meu Senhor Jesus, iluminai o meu espírito e dissipai as trevas da minha alma. Dai-me uma fé integra, uma esperança firme, uma caridade perfeita. Concedei meu Deus, que eu vos conheça muito, para poder agir segundo os vossos ensinamentos e de acordo com a Vossa Santíssima vontade. Absorvei Senhor, eu vos suplico, o meu espírito, e pela suave e ardente força de Vosso amor, desafeiçoai-me de todas as coisas que existem debaixo do céu, a fim de que eu possa morrer por Vosso amor, ó Deus, que por meu amor vos dignastes morrer. Amém.
Louvores à Deus
SENHOR! Tu és o Santo, o Senhor e Deus único que operas maravilhas. Tu és o Forte. Tu és o Grande. Tu és o Altíssimo. Tu és o Rei onipotente, o Pai Santo, Tu és o Rei do céu e da terra. Tu és o Senhor Deus Trino e Uno, Tu és o Bem, todo o bem, o sumo Bem, o Bem Universal. Tu és o Senhor Deus Vivo e verdadeiro. Tu és a caridade, o Amor. Tu és a Sabedoria. Tu és a humildade. Tu és a paciência Tu és a segurança, Tu és o descanso. Tu és a alegria e jubilo. Tu és a Justiça e a Temperança. Tu és toda a riqueza e abastança, Tu és a beleza. Tu és a mansidão. Tu és o protetor. Tu és o guarda e defensor. Tu és a fortaleza. Tu és o alívio. Tu és a nossa esperança, Tu és a nossa fé. Tu és a nossa grande doçura. Tu és a nossa vida eterna. Tu és o grande a admirável senhor. Tu és o Deus onipotente. Tu és o nosso misericordioso salvador. Amém
Saudações à Mãe de Deus
Salve, ó Senhora Santa, Rainha Santíssima, Mãe de Deus, que sois Virgem Perpétua, eleita pelo Santíssimo Pai Celestial, que vos consagrou por seu Santíssimo e Dileto Filho e o Espírito Santo Consolador. Em vós residiu e reside toda a plenitude da graça e todo o bem. Salve ó palácio do Senhor. Salve ó tabernáculo do Senhor. Salve ó morada do Senhor. Salve ó manto do Senhor. Salve ó serva do Senhor. Salve ó Mãe do senhor. E salve vós todas ó santas virtudes, derramadas pela graça e pela iluminação do Espírito Santo nos corações dos fiéis, transformando-os de servos infiéis em servos fiéis a Deus. Amém.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O SUDÁRIO DE TURIM

Sudário de Turim: foto da face, à esquerda o positivo, à direita o negativo. Nota: O negativo teve o contraste realçado.
   O SUDÁRIO DE TURIM


Sudário de Turim, ou o Santo Sudário é uma peça de linho que mostra a imagem de um homem que aparentemente sofreu traumatismos físicos de maneira consistente com acrucificação.[1] O Sudário está guardado na Catedral de Turim, na Itália, desde o século XIV.[2] Pertenceu desde 1357 à casa de Saboia que em 1983 o doou ao Vaticano.[3] A peça é raramente exibida em público,[4] a última exposição foi no ano 2010 quando atraiu mais de 50 mil fiéis.[5]
Vários cristãos acreditam que seja o tecido que cobriu o corpo de Jesus Cristo após sua morte.[6] A imagem no manto é em realidade muito mais nítida na impressão branca e negra do negativo fotográfico que em sua coloração natural.[7] A imagem do negativo fotográfico do manto foi vista pela primeira vez na noite de 28 de maio de1898 através da chapa inversa feita pelo fotógrafo amador Secondo Pia que recebeu a permissão para fotografá-lo durante a sua exibição na Catedral de Turim. [8]
A origem da peça conhecida como Santo Sudário tem sido objeto de grande polémica. Para descrever seu estudo geral, os pesquisadores cunharam o termo "sindonologia", do gregoσινδών—sindon, a palavra usada no evangelho de Marcos para descrever o tipo de tecido comprado por José de Arimateia para usar como mortalha de Jesus[9].

Características


A imagem completa
O sudário é uma peça rectangular de linho com cerca de 4,5 metros de comprimento e 1,1 de largura.O tecido apresenta a imagem de um homem de 1,83m de altura que parece ter sido crucificado, com feridas consistentes com as que Jesus sofreu antes de sua crucificação no relato bíblico.[1]
28 de maio de 1898, o fotógrafo italiano Secondo Pia tirou a primeira fotografia ao sudário e constatou que o negativo da fotografia assemelhava-se a uma imagem positiva do homem, o que significava que a imagem do sudário era, em si, um negativo.[7]

História

Até o século XIII

Uma das primeiras representações do sudário de Edessa, do século IX
As primeiras referências a um possível sudário surgem na própria Bíblia. O Evangelho de Mateus (27:59) refere que José de Arimateia envolveu o corpo de Jesus Cristo com "um pano de linho limpo". João (19:38-40) também descreve o evento, e relata que os apóstolos Pedro e João, ao visitar o túmulo de Jesus após a ressurreição, encontraram os lençóis dobrados (Jo 20:6-7). Embora depois desta descrição evangélica o sudário só tenha feito sua aparição definitiva no século XIV, para não mais ser perdido de vista, existem alguns relatos anteriores que contêm indicações consistentes sobre a existência de um tal tecido em tempos mais antigos.
A primeira menção não-evangélica a ele data de 544, quando um pedaço de tecido mostrando uma face que se acreditou ser a de Jesus foi encontrado escondido sob uma ponte em Edessa. Suas primeiras descrições mencionam um pedaço de pano quadrado, mostrando apenas a face, mas João Damasceno, em sua obra anti-iconoclasta "Sobre as imagens sagradas", falando sobre a mesma relíquia, a descreve como uma faixa comprida de tecido, embora afirmasse que se tratava de uma imagem transferida para o pano quando Jesus ainda estava vivo, isto é, não seria uma mortalha, mas sim um tecido que esteve em contato com Cristo ainda vivo.
Em 944, quando esta peça foi transferida para ConstantinoplaGregorius Referendarius, arquidiácono daBasílica de Santa Sofia pregou um sermão sobre o artefato, que foi dado como perdido até ser redescoberto em 1004 num manuscrito dos arquivos do Vaticano. Neste sermão é feita uma descrição do sudário de Edessa como contendo não só a face, mas uma imagem de corpo inteiro, e cita a presença de manchas de sangue. Outra fonte é o Codex Vossianus Latinus, também no Vaticano, que se refere ao sudário de Edessa como sendo uma impressão de corpo inteiro 
Outra evidência é uma gravura incluída no chamado Manuscrito Húngaro de Preces, datado de 1192, onde a figura mostra o corpo de Jesus sendo preparado para o sepultamento, numa posição consistente com a imagem impressa no sudário de Turim.
A gravura no "Manuscrito Húngaro de Preces"
Em 1203, o cruzado Roberto de Clari afirmou ter visto o sudário em Constantinopla nos seguintes termos: "Lá estava o sudário em que nosso Senhor foi envolto, e que a cada quinta-feira é exposto de modo que todos possam ver a imagem de nosso Senhor nele".[17] Seguindo-se ao saque de Constantinopla, em 1205 Theodoros Angelos, sobrinho de um dos três imperadores bizantinos, escreveu uma carta de protesto ao papa Inocêncio III, onde menciona o roubo de riquezas e relíquias sagradas da capital pelos cruzados, e dizendo que as jóias ficaram com osvenezianos e relíquias haviam sido divididas entre os franceses, citando explicitamente o sudário, que segundo ele havia sido levado para Atenas nesta época.[18][19]
Dali, a partir de testemunhos de época de Godofredo de Villehardouin e do mesmo Roberto de Clari, o sudário teria sido tomado por Otto de la Roche, que se tornou Duque de Atenas. Segundo a pesquisadora italiana Barbara Frale, os templários teriam mantido o sudário por um século em sua posse e o levado à França. Ainda há controvérsia se o sudário de Edessa (chamadoMandylion) seria o mesmo de Turim, em vista de referências que indicariam sua presença em Constantinopla até 1362, cinco anos após sua aparição no Ocidente.

Século XIV

O Sudário reapareceu na França por volta de 1349 em poder de Godofredo de Charney, senhor de Lirey, próximo de Troyes.
Henrique de Poitiers, arcebispo de Troyes, apoiado mais tarde pelo rei Carlos VI de França, declarou o sudário como uma impostura e proibiu a sua adoração. A peça conseguiu, no entanto, recolher um número considerável de admiradores que lutaram para a manter em exibição nas igrejas.
Em 1389, o bispo Pierre d’Arcis (sucessor de Henrique) denunciou a suposta relíquia como uma fraude fabricada por um pintor talentoso, numa carta a Clemente VII (antipapa em Avinhão). D’Arcis menciona que até então tem sido bem sucedido em esconder o pano e revela que a verdade lhe fora confessada pelo próprio artista, que não é identificado. A carta descreve ainda o sudário com grande precisão.
Aparentemente, os conselhos do bispo de Troyes não foram ouvidos visto que Clemente VII declarou a relíquia sagrada e ofereceu indulgências a quem peregrinasse para ver o sudário.[23]


Século XV

Em 1415, devido às pilhagens da Guerra dos Cem Anos, Margarita de Charny, neta de Godofredo e casada com Humberto de Villersexel, conde de La Roche, retirou o sudário da Colegiata de Lirey e o colocou no castelo de seu marido, no povoado de Saint Hippolyte-sur-le Doubs.
Pintura de Giovanni Battista della Roveremostrando o sudário e a forma como Jesus foi envolvido
Quando Margarita enviuvou de Humberto, passou a expor o sudário no castelo, em troca de donativos, devido à sua precária situação financeira. Possivelmente devido a esta situação, em22 de março de 1453 o sudário foi transferido a Luísduque de Saboia, mediante contrato assinado em Genebra. Pelo mesmo contrato, o duque de Saboia cede a Margarita o castelo de Varambon e as rendas do senhorio de Mirabel, próximo a Lyon. O contrato declara que a cessão do castelo é "pelos numerosos e importantes serviços que a condessa de la Roche prestou ao duque de Saboia". Assim o sudário passou a ser propriedade da Casa de Saboia, sob queixas dos cônegos de Lirey que se consideram donos do lençol.
Em 1502, o sudário foi depositado na Capela Santa do castelo dos duques em Chambéry.

[editar]Século XVI aos nossos dias

O sudário foi mais uma vez declarado como relíquia verdadeira pelo Papa Júlio II em 1506.
Na noite de 3 para 4 de dezembro de 1532, o sudário foi danificado por um incêndio que afectou a sua capela e pela água das tentativas de o controlar[22]. O sudário estava guardado numa urna de prata — presenteada por Margarida da Áustria em 1509 — e o fogo provocou o derretimento parcial da prata[22]. Os pingos de prata derretida deixaram perfurações simétricas no sudário, uma vez que o lençol estava dobrado quarenta e oito vezes[22]. Também as bordas dessas dobras, em contato com o metal incandescente, ficaram chamuscadas[22]. A água impregnou o sudário, produzindo manchas em forma de losangos devido às dobraduras, asquais aparecem simetricamente em toda a peça quando é estendida[22].
Em 1562, a capital do Ducado de Saboia foi transferida de Chambéry para Turim e, em 1578 a peça foi levada para a catedral de Turim, onde está até hoje na Cappella della Sacra Sindone do Palazzo Reale di Torino.[24]
casa de Saboia foi a proprietária do sudário até 18 de março de 1983, quando o ex-rei da Itália, Humberto II, ao morrer o legou à Santa Sé[22]. Em 2002, o sudário foi submetido a obras de restauro.

[editar]O restauro de 2002

No inverno de 2002, o sudário foi submetido a uma grande restauração que chocou a comunidade de pesquisadores e foi condenada por muitos. Autorizada pelo arcebispo de Turim como uma medida benéfica de conservação, a operação foi baseada na reclamação que o material em torno dos furos de queimadura (dos incêndios pelo qual o sudário passou em pelo menos duas ocasiões) estavam causando contínua oxidação que iriam com o tempo ameaçar a imagem. A operação foi rotulada como cirurgia desnecessária que destruiu dados científicos, removeu os reparos de 1534 que eram parte da herança do sudário, e destruiu oportunidades de pesquisa sofisticada.
Em 2003, a principal restauradora, Mechthild Flury-Lemberg, especialista suíça em tecidos, descreveu a operação e as razões pelas quais ela a considerou necessária.
Em 2005, William Meacham, arqueólogo que estuda o sudário desde 1981, criticou ferozmente a restauração, rejeitou as razões apresentadas por Flury-Lemberg e classificou a operação como "um desastre para o estudo científico da relíquia".[27]

[editar]Análise científica

As primeiras análises de laboratório ao sudário foram realizadas em 1973 por uma equipe internacional de cientistas.[28] Os resultados demonstraram, segundo Walter McCrone, que a imagem do sudário é composta por inúmeras gotículas de tinta fabricada a partir de ocre.
Em 1978, a equipe americana do STURP (Shroud of Turin Research Project) teve acesso ao sudário durante 120 horas.[29] A equipe era composta por 40 cientistas, dos quais apenas um não era religioso, Walter C. McCrone, que retirou-se logo no início das investigações.Foram realizados muitos experimentos que envolveram diversas áreas da ciência, como fotografias com diferentes tipos de filme, radiografia de raios X, raio X com fluorescência, espectroscopiainfravermelho e retirada de amostras com fita, mas não foi autorizado a fazer o teste por datação carbono-14.[carece de fontes]

[editar]Datação por radiocarbono

Em 1988 o sudário foi datado por radiocarbono por três diferentes laboratórios em ZurichOxford e na Universidade do Arizona.[31] Os resultados estavam em concordância de que o tecido é da época entre 1260 e 1390.[31]
A datação radiométrica por carbono-14 é efetiva até datas de 30 mil a 40 mil anos BP (Before Present = Antes do Presente). Após esse período, a radiação emitida pelo carbono-14 terá sido reduzida a praticamente zero. Por outro lado, em um objeto com muito recente, por exemplo, com cem anos de idade, a quantidade de radiação emitida não terá diminuído o suficiente para que seja detectada alguma diferença. Existem, no entanto, várias fontes de erro que podem induzir resultados duvidosos. Muito da polémica sobre a autenticidade do sudário foca as possíveis fontes de erros da datação.
O ensaio do carbono reativo feito em 1988 por três equipes de cientistas independentes indicou como resultados que o manto foi feito entre1260 e 1390, portanto durante a Idade Média, aproximadamente treze séculos posterior a Cristo.[31] Alegações de incertezas e erros nos exames surgiram imediatamente após a publicação dos resultados e foram em grande parte respondidas por Harry E. Gove.[34][35]
A controvérsia continuou, porque o microbiólogo Dr. Garza Valdez descobriu bactérias no Sudário que deturpa a datação pelo carbono. Posteriormente, em documentário do Discovery Channel o Dr. Harry Gove que foi o descobridor da tecnologia de datação de carbono - 14 reconheceu que o trabalho no Sudário foi feito sem conhecimento das descobertas de Valdez. Ainda afirmou que mesmo tentando limpar as bactérias, com a tecnologia atual, não é possível separar as bactérias do tecido e, portanto, por enquanto a datação por carbono no Sudário não é válida. Harry Gove afirmou que quando houver essa tecnologia fará a petição a Santa Sé para tentar datar o Sudário novamente[36].
A afirmação de que a amostra analisada pelas equipes de cientistas teria sido retirada de uma zona do manto que não fazia parte do tecido original, foi desmentida por Joe Nickell. O Sudário foi também danificado devido a um incêndio no final da Idade Média, o que poderia ter acrescentado carbono reativo à composição do tecido invalidando a aplicação da análise por carbono reativo. Este laudo por sua vez foi questionado por céticos como Joe Nickell, que acredita que as conclusões do seu autor, Raymond Rogers, resultam de uma "busca de evidências que possam garantir uma conclusão previamente desejada". Philip Ball, da revista "Nature", contestou esta afirmação dizendo que a idéia de que os estudos de Rogers tenham sido direcionados para a obtenção de uma conclusão pré-estabelecida é injusta e Rogers "apresenta uma história de trabalho respeitável". Todavia, a pesquisa de 2008 na unidade de aceleração de carbono reativo daUniversidade de Oxford propõe uma revisão da data a que se atribui à criação do manto de 1390 para 1260, o que levou seu diretor Gordan Ramsey a convocar a comunidade científica a novas comprovações sobre autenticidade do Sudário. "Com as medidas do ensaio de carbono reativo e com todas as outras evidências que se possui a respeito do Sudário, ainda existem conflitos de interpretação de diferentes fontes" disse Gordan ao noticiário da BBC em 2008, após a publicação dos novos resultados.[carece de fontes] Apesar de manter uma mente aberta quanto ao tema, Ramsey enfatizou que ficaria surpreso se sobre os ensaios de 1988 fosse comprovado um erro de dez séculos.[carece de fontes]
A datação do sudário foi contestada pelo argumento de contaminação bacteriana[37]. Em resposta, os cientistas que realizaram as análises de carbono-14 afirmam que o tecido foi limpo antes do teste Cabon o 14, o que exclui a possibilidade dessa contaminação[37]. Um especialista neozelandês afirmou ainda que um erro de treze séculos devido a contaminação bacteriana é possível, mas implicaria uma camada de bactérias com o dobro da espessura do tecido, o que afasta esta teoria.[carece de fontes] O intervalo de resultados (1290-1390) é explicado pela influência do incêndio de Chambéry de 1532 e subsequentes tentativas (desastradas) de restauro. Sendo assim, e devido aos acidentes, a datação com carbono-14 não seria exata. [41] Porém segundo o Dr. Walter McCrone, um peso de carbono do século XX igual a duas vezes o peso total do sudário seria necessário para fazer um objeto do século I ser datado como do século XIV, e portanto haveria suficiente certeza que o sudário seria uma criação medieval.[42]
No entanto, Joseph G. Marino e M. Sue Benford propuseram que a área de tecido usada como amostra pode não pertencer ao tecido original (nenhuma das amostras continha uma área "manchada"), uma vez que quase 60% do tecido do Sudário é resultado de progressivas reparações feitas ao longo dos séculos.[43] O académico Raymond Rogers argumentou, num artigo publicado em 2005,[44] que a análise química por ele realizada confirmava esta hipótese, uma vez que as amostras usadas na datação-por-carbono mostram traços evidentes decorantes, provavelmente usados pelos tecelões medievais para conseguir a cor do tecido original ao realizarem reparações e reforçarem o sudário para maior protecção. outros autores apresentaram ainda evidências adicionais neste sentido.[43][45][46][47]
A mais recente pesquisa sobre o sudário foi publicada em dezembro de 2011 pela agência italiana para as novas tecnologias e desenvolvimento sustentável (ENEA). Por cinco anos essa agência de pesquisa centralizou seus esforços sobre a formação da imagem que se vê no sudário, tentando a sua reprodução. A conclusão foi que: “A imagem dupla (frente e verso) de um homem flagelado e crucificado, pouco visível no tecido de linho do Sudário de Turim, tem muitas características físicas e químicas e é impossível de ser reproduzida em laboratório”.[48] Os cientistas tiveram extrema cautela ao publicar suas conclusões, limitando-se a “propor considerações que não extravasam o campo científico”.[49]

[editar]Propriedades químicas

Foram também efectuados testes químicos ao sudário por especialistas das Universidades de Milão e da Califórnia. Os métodos utilizados foram a análise espectral e fotografia ultravioleta. Os resultados mostram que a porção amostrada para datação radiométrica é distinta do resto do tecido, nomeadamente pela presença de pigmentos e fixantes. Este resultado sugere que esta porção do tecido seja na realidade um remendo posterior. Outra diferença consiste na presença de vanilina, um produto da decomposição térmica da linhina (um composto das fibras naturais). A vanilina é um composto habitual na análise a tecidos da Idade Média, mas que se encontra ausente em amostras mais antigas, uma vez que sofre decaimento. Segundo Raymond Rogers: "O fato de que a vanilina não pode ser detectada na lignina das fibras do manto, pergaminhos do mar Morto e outros pedaços de linho muito antigos indica que o manto é muito velho".[50]

[editar]Possíveis meios de formação da imagem

A imagem no tecido tem muitas características peculiares e profundamente estudadas.[51] Por exemplo, ela é inteiramente superficial, não penetrando nas fibras do tecido sob a superfície, de forma que as fibras do algodão não estão coloridas; a imagem é composta de fibras descoloridas dispostas lado a lado com fibras não descoloridas de forma que estrias aparecem. Segundo Walter McCrone, toda a imagem é composta de pigmentos (óxido de ferro e sufeto de mercúrio).[52] Porém investigação química relatada no Canadian Society of Forensi Jornalafirma que pequenas quantidades de óxido de ferro estão igualmente distribuídas na área da imagem e na área sem imagem e que as manchas de sangue são realmente de sangue.[53]

[editar]A hipótese da reação de Maillard

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Uma hipótese para a formação natural da imagem é a reação de Maillard na qual os gases libertados por um corpo em decomposição reagem com a fina camada (180-600 nanometros) de carbo-hidratos a celulose das fibras do tecido. Esta reação e a alteração química correspondente poderia explicar a variação de cor que define a imagem do sudário. Outra conclusão relevante é a de que a reação de Maillard afecta apenas a camada de carbo-hidratos, o que pode ser uma resposta para a superficialidade da imagem. Nas primeiras fases de decomposição, um cadáver exala os gases que desenvolvem a reacção de Maillard com os carbo-hidratos do tecido. No entanto, à medida que a decomposição prossegue, o corpo tende a libertar outro tipo de produtos líquidos que mancham o tecido, eliminando a possível coloração devida à reacção de Maillard. Se a imagem do sudário é de facto a impressão post-mortem de Jesus Cristo, então o corpo teria que ter sido retirado da sua mortalha antes do começo da decomposição. Segundo a Bíblia, foi mesmo isto que aconteceu durante a ressurreição.

[editar]Análise da perspectiva ótica

O sudário em duas dimensões apresenta uma imagem tridimensional projetada sobre uma superfície plana (bidimensional), como uma fotografia ou pintura, numa projeção ortogonal 
Se um sudário funerário repousasse de forma aproximadamente cilíndrica sobre a superfície tridemensional da face, o resultado seria uma distorção lateral não-natural, um forte alargamento para os lados, como numa projeção de Mercator, em vez da fortemente alongada imagem vertical vista no sudário. Mario Latendresse questiona esta argumento.[55] Segundo ele, distorções podem ser pequenas se o sudário não estivesse firmemente apertado contra o corpo. Não é explicado, porém, como os detalhes da superfície podem aparecer no sudário de ele não estivesse firmemente contra o corpo. Mas ele mostra que não devia estar firmemente contra o corpo uma vez que pequenas distorções ocorreram. Portanto, o mecanismo de formação de imagens deve assumir que o tecido não estava firmemente apertado. Ainda, o tecido não permaneceria completamente plano. Um tecido natural repousando sobre um corpo não criaria maiores distorções.
O engenheiro electrónico Hernán Toro também questiona se uma imagem por contato com o tecido mostraria uma um retrato de aparência fotográfica e não uma imagem distorcida, como uma projeção de uma superfície irregular em uma superfície plana. Ou seja, deveria haver uma distorção na imagem, o que não ocorre.

Perspectiva religiosa

Os defensores do sudário como relíquia têm voltado a atenção aos métodos naturais que possam ter produzido a imagem, a partir do corpo crucificado de Jesus Cristo. Os crentes mais ortodoxos argumentam que tenha surgido por milagre e como tal, não carece de mais explicação. No entanto, no seio da comunidade católica, há quem procure investigar o problema de forma científica.
A presença de sangue no sudário é questão polêmica ainda. Pelo que se sabe das prácticas funerárias do século I, os judeus limpavam e perfumavam os seus mortos antes de os sepultarem. Sendo Jesus Cristo uma figura amada pelos seus, seria pouco provável que o tenham amortalhado sem os devidos procedimentos de limpeza que eliminariam a presença de sangue no corpo, como supõe-se pelo evangelho de João (19:40) (neste ponto é importante lembrar que os cadáveres não sangram, visto que já não há batimento cardíaco, pelo que as manchas de sangue não podem ser posteriores à limpeza). Uma resposta a essa questão, entretanto, poderia ser encontrada nos evangelhos de Lucas (23:50-56 e 24:1) e Marcos (15:42-47 e 16:1): o corpo teria sido sepultado às pressas, devido ao descanso sabático no dia da preparação da Páscoa, o qual começaria na noite posterior à morte de Jesus. Por este fato, as mulheres teriam deixado para perfumar e embalsamar o corpo no amanhecer do primeiro dia da semana, após o sábado - no que teriam encontrado o túmulo vazio, devido a que os cristão crêem ter sido a ressurreição. As narrativas de Marcos e Lucas, portanto, justificariam o fato de o corpo do sudário estar sujo de sangue, enquanto que a de João deixaria dúvidas.[carece de fontes]

Posição do Vaticano

Igreja Católica não emitiu opinião acerca da autenticidade desta alegada relíquia. A posição oficial a esta questão é a de que a resposta deve ser uma decisão pessoal do crente. O Papa João Paulo II confessou-se pessoalmente comovido e emocionado com a imagem do sudário, mas afirmou que uma vez que não se trata de uma questão de fé, a Igreja não se pode pronunciar, ao mesmo tempo que convidou as comunidades científicas a continuar a investigação.[57] A Catholic Encyclopedia, editada pela Igreja Católica, no seu artigo sobre o Sudário de Turim afirma que o sudário está além da capacidade de falsificação de qualquer falsário medieval.[58]

[editar]Controvérsia

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Em campos opostos encontram-se os crentes que explicam o tecido como a mortalha de Jesus Cristo e os céticos que o consideram uma falsificação do século XIV[37]. Ambos os campos utilizaram diversos tipos de argumentação científica para provar as suas teorias. Segue-se um resumo dos argumentos a favor e contra.
Cientistas, pessoas crentes, historiadores e escritores divergem com respeito ao local, à data e à maneira como esta imagem foi criada. De um ponto de vista religioso, em 1958 o Papa Pio XII aprovou a associação da imagem e a celebração anual em sua homenagem na "terça-feira do Sudário" com a devoção à face sagrada de Jesus dentro da fé Católica Apostólica Romana. Alguns acreditam que a imagem gravada nas fibras do Sudário se produziu no momento do sepultamento do corpo de Jesus Cristo ou pouco antes do que se acredita como a sua ressurreição. Céticos, entretanto alegam que o sudário consiste em uma falsificação medieval; outros atribuem a formação da imagem às reações químicas e outros processos naturais.[carece de fontes]
A equipe americana do STURP (Shoud of Turin Research Project), após três anos e cerca de 100.000 horas de pesquisa, apontou as seguintes conclusões: 
  1. Havia sangue humano no sudário;
  2. As gotículas de tinta ocre seriam resultado de contaminação;
  3. A habilidade e equipamentos necessários para gerar uma falsificação daquela natureza seriam incompatíveis com o período da Idade Média, época em que o sudário apareceu e foi guardado;
  4. Como cientistas, também não podiam afirmar que a mortalha era verdadeira;
  5. As marcas do Sudário são um duplo negativo fotográfico do corpo inteiro de um homem. Existe a imagem de frente e de dorso;
  6. A figura do Sudário, ao contrário de outras figuras bidimensionais testadas até então, contém dados tridimensionais;
  7. Não existe ainda explicação científica de como as imagens do Sudário foram feitas;
  8. O Sudário apresenta marcas compatíveis com a descrição da crucificação nos Evangelhos.
Na época, o STURP não foi autorizado a fazer o teste por datação carbono-14, o que impossibilitou a determinação da idade da peça. Dez anos depois, em 1988, o Vaticano autorizou os primeiros testes de datação radiométrica do sudário, segundo o método do carbono-14. A três análise independentes revelaram idades entre 1260-1390.
O foco principal dos ataques científicos dos defensores do sudário tem sido a datação radiométrica que aponta para o século XIV e possíveis fontes de erro. Um acontecimento da história do sudário (o incêndio de 1532) pode ter introduzido poeiras e outros materiais contemporâneos nas fibras, que não foram removidos pelas equipas de datação[37].
Considerando esta hipótese, os resultados dos testes de carbono-14 seriam uma mistura entre a idade real (segundo os defensores), por volta do século I, e as poeiras do século XVI. Outra fonte de erro possível é a presença de resíduos bacterianos que, sendo eles próprios compostos carbónicos, influenciam a quantidade do isótopo carbono-14 e por consequência, a datação. O campo dos céticos defensores da qualidade da datação oferece no entanto uma resposta à ideia de contaminação bacteriana.
Outros argumentos para a autenticidade do sudário:
  1. A análise microscópica das fibras mostra que a imagem está contida apenas na camada de carbo-hidratos. Os defensores da autenticidade argumentam que não existe técnica de pintura, disponível nos séculos XIII e XIV, que permita uma precisão de aplicação de tintas à escala no nanômetro.[carece de fontes]
  2. Uma análise do espectro de freqüências da figura digitalizada do Sudário não mostra a existência de picos que demonstrariam a ação de um pintor.[carece de fontes]
  3. De acordo com Mechthild Flury-Lemberg, especialista suíça em restauro de tecidos, a trama do sudário é similar à encontrada em tecidos datados de 40 a.C. a 73 d.C. recuperados na fortaleza de Masada, que caiu durante a segunda revolta dos judeus contra oImpério Romano no século I.
  4. Os ferimentos nos pulsos, atribuídos à crucificação, são consistentes com o que se sabe sobre este procedimento de execução. No entanto, na iconografia religiosa da Idade Média, Cristo aparece pregado pelas palmas das mãos, o que parecia ser a ideia aceite na altura. Os defensores argumentam que se o sudário fosse uma falsificação medieval, seria esta a disposição das feridas, uma vez que os detalhes correctos da crucificação eram desconhecidos então.
A acusação de falsificação é tão antiga como o próprio sudário e foi lançada até pelos arcebispos de Troyes contemporâneos da sua descoberta. Um deles, Pierre d’Arcis, escreveu mesmo ao papa detalhando os pormenores da impostura que considerava ser uma forma ardilosa de roubar dinheiro de peregrinos piedosos.
Outros testemunhos contemporâneos[quando?] descrevem as manchas de sangue da imagem com cores tão vivas que, segundo os relatos, pareciam frescas. Hoje em dia (passados cerca de 550 anos desses relatos), estas nódoas de sangue são mortiças e passam despercebidas na primeira análise. Se fossem originárias do século I, então não seriam mais visíveis na Idade Média, tanto que hoje já não se vêm. Contudo há que referir que era costume fazerem-se cópias (decalques) do sudário para catedrais da Europa onde era venerada a "imagem real de Nosso Senhor".[necessário esclarecer] Por outro lado o sudário foi várias vezes trocado por cópias (decalques) para preservar o original (pois aos fieis o que impressionava era poder conhecer a figura de Cristo e não tanto admirar a antiguidade da relíquia). Contudo estes dados vêm levantar dúvidas quanto à originalidade do sangue, que pode ser original do sudário ou pode ter sido colocado depois.

[editar]Desenvolvimentos recentes

Em 2009, Luigi Garlaschelli, professor de química da Universidade de Pávia afirmou ao jornal La Repubblica ter conseguido produzir em laboratório uma réplica do sudário com a utilização de técnicas disponíveis na Idade Média. Esta seria uma evidência adicional à datação da radiação radiométrica, indicando que já existiam na época apontada pela datação mecanismos para criação do sudário, e portanto nenhuma explicação paranormal se exigiria.[62][63] No entanto, de acordo com Giulio Fanti, reconhecido sindonologista e professor de medições térmicas e mecânicas na Universidade de Pádua, "a imagem em discussão [obtida por Garlaschelli] não corresponde às propriedades fundamentais da imagem do Sudário, em particular ao nível das linhas e fibras, mas também a um nível macroscópico". Fanti afirma ainda que graças à experiência de Garlaschelli, foi possível demonstrar como e porquê, graças a "detalhes" fundamentais, a imagem do Sudário de Turim não é reproduzível nem na actualidade, e continua sendo um objecto inexplicado.

Achado arqueológico

Em dezembro de 2009, arqueólogos da Universidade Hebraica reportaram no periódico PloS ONE Journal ter encontrado fragmentos de um sudário numa tumba da primeira metade do século I, localizada no vale inferior do Hinnon, ao lado do túmulo de Anás, sogro de Caifás no cemitério de Haceldama, o "Campo de Sangue" que teria sido comprado com as 30 moedas recebidas por Judas. Sua localização sugere que pertencia a uma pessoa de família nobre ou sacerdotal. Segundo Orit Shamir, especialista em tecidos antigos, o material utilizado para envolver o corpo é de boa qualidade, condizente com uma pessoa de posses, embora muito menos elaborado que o tecido do Santo Sudário de Turim.
A idéia de que o corpo de Jesus Cristo tenha sido envolto em um manto, de acordo com o costume judaico, não estava apoiada por qualquer evidência arqueológica. No entanto, no "túmulo do Sudário", foram encontrados indivíduos cobertos no interior da câmara, confirmando a prática, bem como o caráter definitivo da preparação mortuária. A análise de traços de material orgânico presentes em todas as amostras de tecido confirma que estes cobriam todo o corpo. Vestígios de cabelos também confirmam a prática de cobrir a cabeça do morto.
O Shimon Gibson, um dos autores do artigo "Molecular Exploration of the First-Century Tomb of the Shroud in Akeldama, Jerusalem", disse à National Geographic que haviam diferenças na confecção do sudário encontrado pela sua equipa e o Sudário de Turim, o que foi divulgado pelos mídia como sendo prova da falsidade do Sudário. Todavia, César Barta, físico do Centro Espanhol de Sindologia, afirma que "estes dados, ao contrário, suportam a autenticidade da relíquia de Turim", acrescentando, ainda, que as diferenças na trama e textura dos tecidos quando comparados "não são suficientes para que se questione sua autenticidade", até porque "o tecido que constitui o Sudário de Turim é um exemplar único, não tendo sido encontrados tecidos similares nem da época de Cristo nem da Idade Média".